quinta-feira, 26 de agosto de 2010

VERDADE

A palavra verdade pode ter vários significados, desde “ser o caso”, “estar de acordo com os fatos ou a realidade”, ou ainda ser fiel às origens ou a um padrão. Usos mais antigos abarcavam o sentido de fidelidade, constância ou sinceridade em atos, palavras e caráter. Assim, "a verdade" pode significar o que é real ou possivelmente real dentro de um sistema de valores. Esta qualificação implica o imaginário, a realidade e a ficção, questões centrais tanto em antropologia cultural, artes, filosofia e a própria razão. Como não há um consenso entre filósofos e acadêmicos, várias teorias e visões a cerca da verdade existem e continuam sendo debatidas.

Para Nietzsche, por exemplo, a verdade é um ponto de vista. Ele não define nem aceita definição da verdade, porque não se pode alcançar uma certeza sobre a definição do oposto da mentira. Daí seu texto "como filosofar com o martelo".

Quem concorda sinceramente com uma frase está alegando que ela é verdadeira. A filosofia estuda a verdade de diversas maneiras. A metafísica se ocupa da natureza da verdade. A lógica se ocupa da preservação da verdade. A epistemologia se ocupa do conhecimento da verdade.

As questões tipicamente debatidas incluem:

o O que pode ser classificado como falso ou verdadeiro?

o Como definir e identificar a verdade?

o A verdade é subjetiva, objetiva, relativa ou absoluta?

O primeiro problema para os filósofos é estabelecer que tipo de coisa é verdadeira ou falsa, qual o portador da verdade (em inglês truth-bearer). Depois há o problema de se explicar o que torna verdadeiro ou falso o portador da verdade. Há teorias robustas que tratam a verdade como uma propriedade. E há teorias deflacionárias, para as quais a verdade é apenas uma ferramenta conveniente da nossa linguagem. Desenvolvimentos da lógica formal trazem alguma luz sobre o modo como nos ocupamos da verdade nas linguagens naturais e em linguagens formais.

Há ainda o problema epistemológico do conhecimento da verdade. O modo como sabemos que estamos com dor de dente é diferente do modo como sabemos que o livro está sobre a mesa. A dor de dente é subjetiva, talvez determinada pela introspecção. O fato do livro estar sobre a mesa é objetivo, determinado pela percepção, por observações que podem ser partilhadas com outras pessoas, por raciocínios e cálculos. Há ainda a distinção entre verdades relativas à posição de alguém e verdades absolutas.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A Razão. Profº Francisco

É na filosofia de Hegel que se encontra a primeira tentativa de introduzir a razão na história.


Princípio da razão suficiente

          O princípio da razão suficiente, afirma que tudo o que existe e tudo o que acontece tem uma razão (causa ou motivo) para existir ou para acontecer, e que tal razão (causa ou motivo) pode ser conhecida pelas nossa razão. 
          Costuma ser chamado de principio de causalidade para indicar qual a razão afirma a existência de relações ou conexões internas entre as coisas, entre fatos, ou entre ações e acontecimentos.
          Pelo o que foi exposto, podemos observar que os princípios da razão apresentam algumas características importantes:
    * não possuem um conteúdo determinado, pois são formas
    * possuem validade universal, isto é, onde houver razão
    * são necessários, isto é, indispensáveis para o pensamento e para a vontade

Principio do terceiro-excluído

          Esse principio define a decisão de um dilema - "ou isto ou aquilo" - e exige que apenas uma das alternativas seja verdadeira. Mesmo quando temos, por exemplo, um teste de múltipla escolha, escolhemos na verdade apenas entre duas opções.

Principios não-contraditórios ( também conhecida como princípio da contradição)

           É impossivel que a arvora que esta diante de mim seja ou não uma magueira; que o cachorrinho de dona Filomena seja ou não branco; que o triangulo tenha ou não três angulos; que o homem seja ou não mortal; que o vermelho seja ou não vermelho.

Principio da identidade.

          O principio da identidade é a condição do pensamento e sem ele não podemos pensar. Ele afirma que uma coisa, se ela qual for ( um ser natural, uma figura geométrica, um ser humano, uma obra de arte, uma ação) só pode ser conhecida e pensada se for percebida e conservada com sua identidade.

Os Princípios Racionais

          Desde seus começos a Filosofia considerou que a razão opera seguindo certos princípios que ela própria estabelece e que estão em concordância com a própria realidade, mesmo quando os empregamos sem conhecê-los explicitamente. Ou seja, o conhecimento racional obedece a certas regras ou leis fundamentais, que respeitamos até mesmo quando não conhecemos diretamente quais são e que são. Nós as respeitamos porque somos seres racionais e porque são princípios que garantem que a realidade é racional

Razão na visão dos filósofos

          Para muitos filósofos, a razão não é apenas a capacidade moral e intelectual dos seres humanos, mas também uma propriedade ou qualidade primordial das próprias coisas, existindo na própria realidade. Para esses filósofos, nossa razão pode conhecer a realidade (Natureza, Sociedade, História) porque ela é racional em si mesma..
           Fala-se , portanto, em razão objectiva (a realidade é racional em si mesma) e em razão subjectiva (a razão é uma capacidade intelectual e moral dos seres humanos). A razão objectiva é a afirmação de que o objecto do conhecimento ou a realidade é racional; a razão subjectiva é a afirmação de que o sujeito do conhecimento e da ação é racional. Para muitos filósofos a Filosofia é o momento de encontro, do acordo e da harmonia entre as duas razões ou racionalidades

sábado, 21 de agosto de 2010

Razão

           Usamos "razão" para nos referirmos a "motivos' de alguém, e também para nos referirmos a "causas" de alguma coisa, de modo que tanto nós quanto as coisas parecemos dotados de "razão", mas em sentindo diferente.
          A palavra razão possui varios sentidos: certeza, lucidez, motivo, causa. e todos esses sentidos encontram-se presentes na Filosofia.